“Another Myself oferece a possibilidade de observar a mim mesma de fora, testemunhando minha amizade com o tempo de pausa sobre o papel fotográfico”, escreve a artista. A série se desdobra em ações individuais e coletivas; daí o duplo título. Another Us consiste em estimular as mesmas sensações dos primeiros autorretratos, gerando diálogos e conexões sensíveis entre os participantes. Antes de pausar sobre o papel, as conversas que antecedem a impressão geram entrelaçamentos de percepções do “si mesmo”, entendido como entidade múltipla, e do coletivo, percebido como corpo unificado. A proposição encoraja o acolhimento do outro, fazendo espaço para que os movimentos de corpos e a presença de objetos criem um terreno comum para convivências subjetivas. O Sol e o tempo operam com a cianotipia, preservando sua soberania sobre o resultado final, enquanto os intervalos no cotidiano, feito sessões de mergulho interno, estabelecem relações e encontros com as distintas identidades que constituem o sujeito que participa da ação. Há, de igual modo, a dimensão performativa que caracteriza a série de imagens, como se, ao final, a experiência evocasse um jogo introspectivo, lidando com forças opostas coexistentes e complementares, tais como a intenção e o acaso.